9 de jul. de 2010

POBRE ALMA

pobre alma
vazia
pobre alma
errante
sem amor
sem eira
morto vivo
ou vivo morto
passa
sem graça
quem vê
não olha
quem vive
esmola
pobre alma
de pé
apoiado
na esperança
mal que lhe resta
apoiado
na fé
dos homens
esperando
a justiça
divina
e a morte
que é para todos
certa
pobre alma
vazia
de encantos
roupas
de farrapos
e pés descalço
no asfalto
ninguém vê
mais um de tantos
corpos
jogados
nas marquises

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