Não tenha
Tanta pressa
Vá devagar comigo
Ainda não sei
Bem lidar com o amor
Ainda não sei
Levar a sério
As palavras
Ainda não sei escutar
O coração
Não tenha pressa
Não corra
Até mim
Posso me assustar
E partir
E não quero
Me dê a mão
Vá devagar comigo
Ajude-me a descobrir
Todas as verdades
Sobre mim
Não tenho pressa
Saberei
Dar o amor que precisa
Não corra
Vá devagar
Tenha paciência comigo
Se andar estarei do seu lado
25 de out. de 2011
FOLHAS DE OUTONO
As folhas
De outono ainda irão
Demorar
Para invadir
Meu jardim de saudades
Ainda levará
Dias
Para que chegue
Aquele vento gelado
Das tardes
Frias de outono
As folhas
Que enfeitam
As ruas
Com suas tonalidades
Ainda viverão
Alguns dias
Como a solidão
Que ainda
Fala em mim
Nos dias frios de verão
Parece que o amor
Só acontece em mim
Quando as folhas
De outono
Aquecem meu quintal
Com seu calor
Esperarei o tempo que for
De outono ainda irão
Demorar
Para invadir
Meu jardim de saudades
Ainda levará
Dias
Para que chegue
Aquele vento gelado
Das tardes
Frias de outono
As folhas
Que enfeitam
As ruas
Com suas tonalidades
Ainda viverão
Alguns dias
Como a solidão
Que ainda
Fala em mim
Nos dias frios de verão
Parece que o amor
Só acontece em mim
Quando as folhas
De outono
Aquecem meu quintal
Com seu calor
Esperarei o tempo que for
MENDIGAR SEU PERDÃO
Errei
Eu sei
Eu confesso
E não vou ficar chorando
Não vou ficar
De joelhos
Nem vou
Mendigar seu perdão
Pedirei
Apenas
Que entenda os motivos
De tudo
Errei
Eu sei
Segui seus passos
Segui seus olhos
Desconfiei
Não acreditei
Em você
Em mim
Errei eu sei
Falando para o mundo
O que era nosso
Não vou implorar
Mendigar seu perdão
Falarei apenas
Com o coração
De quem ainda ama
Eu sei
Eu confesso
E não vou ficar chorando
Não vou ficar
De joelhos
Nem vou
Mendigar seu perdão
Pedirei
Apenas
Que entenda os motivos
De tudo
Errei
Eu sei
Segui seus passos
Segui seus olhos
Desconfiei
Não acreditei
Em você
Em mim
Errei eu sei
Falando para o mundo
O que era nosso
Não vou implorar
Mendigar seu perdão
Falarei apenas
Com o coração
De quem ainda ama
VÁ COM CALMA
Não faça
Planos
Não fale ainda de nós
Eu nem sei
Se amo você
Vá com calma
Dê passos
Suaves
Cante as canções
De suas verdades
Não me engane
Abrace-me
Não faça
Planos
Não quero ver você sofrer
Ainda não sei
Se há nós
Ou eu e você
Vá com calma
Deixe a chuva molhar
Meu rosto
E seque com suas mãos
Cada gota
Talvez assim
Possa descobrir
Nos gestos
O amor que tanto sonho
Vá com calma
Planos
Não fale ainda de nós
Eu nem sei
Se amo você
Vá com calma
Dê passos
Suaves
Cante as canções
De suas verdades
Não me engane
Abrace-me
Não faça
Planos
Não quero ver você sofrer
Ainda não sei
Se há nós
Ou eu e você
Vá com calma
Deixe a chuva molhar
Meu rosto
E seque com suas mãos
Cada gota
Talvez assim
Possa descobrir
Nos gestos
O amor que tanto sonho
Vá com calma
PRECISO DE AJUDA
Não consigo mais
Viver sozinho
Sem ninguém
Sem amor
Sem braços que me abracem
De olhos
Que me busquem
Não consigo mais
Sentir
A cama vazia
Fria
Morta
Sou capaz de enlouquecer
Buscando
Quem nunca vem
Não consigo mais
Sentar-me à mesa
E falar
Com as paredes
Não sei viver
Sem amor
Não sei viver sozinho
Sem ter alguém
Que chegue
E pergunte
Como foi meu dia
Não consigo mais
Preciso de ajuda
Viver sozinho
Sem ninguém
Sem amor
Sem braços que me abracem
De olhos
Que me busquem
Não consigo mais
Sentir
A cama vazia
Fria
Morta
Sou capaz de enlouquecer
Buscando
Quem nunca vem
Não consigo mais
Sentar-me à mesa
E falar
Com as paredes
Não sei viver
Sem amor
Não sei viver sozinho
Sem ter alguém
Que chegue
E pergunte
Como foi meu dia
Não consigo mais
Preciso de ajuda
ATRÁS DA ESCURIDÃO
Vi tua luz
Atrás da escuridão
Da escuridão
Que havia
Em meus olhos
Vi tua força
Agarrando
Minhas mãos
Quase mortas
Cansadas
De tudo
O que tentei
E não consegui
Vi tua luz
Teu amor
Fazendo-me renascer
Atrás da minha escuridão
Encontrei
Teus olhos
Encontrei
Um amor
Que me fez
Querer a luz
A tua luz
Vi teu sorriso
E teus braços abertos
Chamando-me
Atrás da escuridão te encontrei
Atrás da escuridão
Da escuridão
Que havia
Em meus olhos
Vi tua força
Agarrando
Minhas mãos
Quase mortas
Cansadas
De tudo
O que tentei
E não consegui
Vi tua luz
Teu amor
Fazendo-me renascer
Atrás da minha escuridão
Encontrei
Teus olhos
Encontrei
Um amor
Que me fez
Querer a luz
A tua luz
Vi teu sorriso
E teus braços abertos
Chamando-me
Atrás da escuridão te encontrei
MUNDO VIVO
Sinto
O mundo
Pulsando
O mundo vivo
O mundo gritando
Seus gostos
E suas vontades
Sinto
O mundo
De braços abertos
Querendo mais
É viver
E que venha
A vida
Sinto o mundo vivo
Cheio de ondas
Cheio de vontades
De coisas boas
Sinto
O mundo alegre
Florescendo as flores
Da boa amizade
Sinto
O mundo vivo
E vivo nesse mundo
Nesse mundo vivo
Nesse mundo
Onde ainda nascem flores
O mundo
Pulsando
O mundo vivo
O mundo gritando
Seus gostos
E suas vontades
Sinto
O mundo
De braços abertos
Querendo mais
É viver
E que venha
A vida
Sinto o mundo vivo
Cheio de ondas
Cheio de vontades
De coisas boas
Sinto
O mundo alegre
Florescendo as flores
Da boa amizade
Sinto
O mundo vivo
E vivo nesse mundo
Nesse mundo vivo
Nesse mundo
Onde ainda nascem flores
NOS OLHOS
Olhe-me
Nos olhos
Dentro dos meus olhos
Não diga
Não há palavras
Deixe o silêncio
Entre nós
Nos abraçar
E fazer com que nos abracemos
Também
Olhe-me
Nos olhos
Dentro dos meus olhos
Sinta-me
Veja-me
Nu
Diante de ti
Veja-me
Apenas humano
Olhe-me
Nos olhos
Deixe que o silêncio
Entre nós
Fale a língua
Que só os olhos entendem
Olhe para dentro
De mim
E se veja em mim refletido
Nos olhos
Dentro dos meus olhos
Não diga
Não há palavras
Deixe o silêncio
Entre nós
Nos abraçar
E fazer com que nos abracemos
Também
Olhe-me
Nos olhos
Dentro dos meus olhos
Sinta-me
Veja-me
Nu
Diante de ti
Veja-me
Apenas humano
Olhe-me
Nos olhos
Deixe que o silêncio
Entre nós
Fale a língua
Que só os olhos entendem
Olhe para dentro
De mim
E se veja em mim refletido
ESTRANHO PARA MIM
Estranho para mim
O barulho
O som das pessoas
Falando
Os burburinhos
Das vozes
Que não entendo
Estranho para mim
Não ouvir
De manhã
O som do vento
O som dos pássaros
Estranho para mim
É ver
As pessoas se empurrando
Brigando por um espaço
Que é de todos
Não entendo
Essas coisas modernas
Estranho para mim
As crianças
Em silêncio
E todos os velhos
Esquecidos
Não entendo mais
O som desse amor moderno
Estranho para mim
Esse amor
O barulho
O som das pessoas
Falando
Os burburinhos
Das vozes
Que não entendo
Estranho para mim
Não ouvir
De manhã
O som do vento
O som dos pássaros
Estranho para mim
É ver
As pessoas se empurrando
Brigando por um espaço
Que é de todos
Não entendo
Essas coisas modernas
Estranho para mim
As crianças
Em silêncio
E todos os velhos
Esquecidos
Não entendo mais
O som desse amor moderno
Estranho para mim
Esse amor
ALÍVIO
Ainda
Há um amanhã
Ainda há
Uma esperança
Ainda há alívio
Posso respirar
Suspirar
Posso ainda
Viver um pouco mais
Ainda há
Certezas
Esperanças
Ainda
Há sentimentos
Um pouco
Ainda
De um alívio para o peito
Ainda há
Um amanhã
Passei
A noite acordado
Esperando
O amanhã chegar
Tive medo de morrer
Sem saber
Se existiria para mim
Um amanhã
Cheio de alívio para mim
Há um amanhã
Ainda há
Uma esperança
Ainda há alívio
Posso respirar
Suspirar
Posso ainda
Viver um pouco mais
Ainda há
Certezas
Esperanças
Ainda
Há sentimentos
Um pouco
Ainda
De um alívio para o peito
Ainda há
Um amanhã
Passei
A noite acordado
Esperando
O amanhã chegar
Tive medo de morrer
Sem saber
Se existiria para mim
Um amanhã
Cheio de alívio para mim
TUDO O QUE PENSO
Tudo o que penso
Não digo
Apenas penso
Apenas olho
E me calo
Tudo o que penso
São pensamentos
Que não cabem em mim
Transbordam
Invadem
Sem querer
A alma
Tudo o que penso
São partes do que vejo
E do que sinto
E não digo
Me calo
Deixo em mim
O que penso
Não posso encher
O mundo com minhas
Sandices
Tudo o que penso
Morre em mim
Melhor assim
Sem deixar ainda mais
Cinzas
Os dias que virão
Não digo
Apenas penso
Apenas olho
E me calo
Tudo o que penso
São pensamentos
Que não cabem em mim
Transbordam
Invadem
Sem querer
A alma
Tudo o que penso
São partes do que vejo
E do que sinto
E não digo
Me calo
Deixo em mim
O que penso
Não posso encher
O mundo com minhas
Sandices
Tudo o que penso
Morre em mim
Melhor assim
Sem deixar ainda mais
Cinzas
Os dias que virão
GRITA
Grita o vento
Para que se escute
O seu silêncio
Grita o vento
Para que não morra
O dia
Sem nenhum vento
Grita a voz
Antes
Serena
O amor que sente
Como se pudesse
O amor
Responder
O amor não fala
O amor dói
Grita o amor
De dor
E nada se escuta
Só os burburinhos
Do vento
Que grita para que escutem
As janelas
Despedaçadas
Batendo
Nas noites em que nada se escuta
E o amor
O amor está em silêncio
QUANTOS SOU
Quantos sou
Já não sei
Se um
Ou vários de mim
Sou aquele que ama
Aquele que chora
Aquele que fica isolado
Do mundo
Aquele que quer o mundo
Quantos sou
Um ou vários de mim
Aquele que ama a luz
E a escuridão
Aquele que ama
O silêncio
E sente falta
Do barulho que faz a vida
Quantos sou
Um
Ou vários
Quantos sentimentos existem
Quantos de mim
Ainda
Habitam o meu eu
Sou um
O mesmo que ama
O mesmo que se encanta
Que canta toda a vida
Já não sei
Se um
Ou vários de mim
Sou aquele que ama
Aquele que chora
Aquele que fica isolado
Do mundo
Aquele que quer o mundo
Quantos sou
Um ou vários de mim
Aquele que ama a luz
E a escuridão
Aquele que ama
O silêncio
E sente falta
Do barulho que faz a vida
Quantos sou
Um
Ou vários
Quantos sentimentos existem
Quantos de mim
Ainda
Habitam o meu eu
Sou um
O mesmo que ama
O mesmo que se encanta
Que canta toda a vida
PÁLIDA LUZ
És como a luz
Como a pálida luz
Que não
Se acende
Em qualquer momento
És como a luz
Que brilha
Radiante
Luz pálida
Cheia de medos
Que invade devagar
O mais profundo
Negrume de mim
És como luz
A pálida luz
De todas
As fidúcias
Luz
Que clareia
Pensamentos
Luz pálida
Que mostra
As passagens
Secretas
Do eu escondido na penumbra
Do dia que não nasce
És pálida luz
Do amor que não morre nunca
Como a pálida luz
Que não
Se acende
Em qualquer momento
És como a luz
Que brilha
Radiante
Luz pálida
Cheia de medos
Que invade devagar
O mais profundo
Negrume de mim
És como luz
A pálida luz
De todas
As fidúcias
Luz
Que clareia
Pensamentos
Luz pálida
Que mostra
As passagens
Secretas
Do eu escondido na penumbra
Do dia que não nasce
És pálida luz
Do amor que não morre nunca
TUA CARNE
Tua carne
Alimenta
Mata minha fome
Meu desejo
De ti
Tua carne
Sacia
Minha ânsia
De te querer
E te achar
E te ter
Tua carne
Alimenta
Minha sede
Do teu gosto
Dá-me vida
Sustenta-me
Quando há queda
Tua carne
Macia
Tua pele quase
Sempre
Arrepiada
Faz-me te querer
Quando não te quero
Faz-me te buscar
Quando já estás em mim
Tua carne
Alimenta
Mata minha fome
Meu desejo
De ti
Tua carne
Sacia
Minha ânsia
De te querer
E te achar
E te ter
Tua carne
Alimenta
Minha sede
Do teu gosto
Dá-me vida
Sustenta-me
Quando há queda
Tua carne
Macia
Tua pele quase
Sempre
Arrepiada
Faz-me te querer
Quando não te quero
Faz-me te buscar
Quando já estás em mim
Tua carne
NÃO OUÇO
Não ouço mais
A sua voz
Não ouço mais
Seu barulho
No vento
Não ouço mais
Suas cantigas
Sua voz
Devagar
Tudo de você
Foi se apagando
Não ouço mais
Seu choro
Nas manhãs
Nubladas do meu verão
Sua voz
Aos poucos
Foi se calando
Sua voz
Antes brado forte
Agora
Sussurro
Que não mais se escuta
Não ouço mais
Você chamando
Meu nome
Sua voz se calou em mim
Não ouço mais
A sua voz
Não ouço mais
Seu barulho
No vento
Não ouço mais
Suas cantigas
Sua voz
Devagar
Tudo de você
Foi se apagando
Não ouço mais
Seu choro
Nas manhãs
Nubladas do meu verão
Sua voz
Aos poucos
Foi se calando
Sua voz
Antes brado forte
Agora
Sussurro
Que não mais se escuta
Não ouço mais
Você chamando
Meu nome
Sua voz se calou em mim
Não ouço mais
DESASSOSSEGO
Vem
Acalma
Meu coração
Tira de mim
Esse desassossego
Da minha alma
Me traz
De novo a calma
Vem sorrindo
Vem de peito
Aberto
De braços abertos
Me aconchega
Em seu peito
Me traz
De novo seu beijo
Seu gosto
Cada vez mais gostoso
Para minha boca
Ressecada
Me traz
De volta à vida
Tira da minha alma
Essa carência
Do eu
Do meu eu
Esse desassossego
Traz de volta sua paz
Acalma
Meu coração
Tira de mim
Esse desassossego
Da minha alma
Me traz
De novo a calma
Vem sorrindo
Vem de peito
Aberto
De braços abertos
Me aconchega
Em seu peito
Me traz
De novo seu beijo
Seu gosto
Cada vez mais gostoso
Para minha boca
Ressecada
Me traz
De volta à vida
Tira da minha alma
Essa carência
Do eu
Do meu eu
Esse desassossego
Traz de volta sua paz
INVEJO
Invejo
Aqueles que vivem
Em função
Do dinheiro
Invejo
Aqueles que
Conseguem amar
Vários
Amores como se fosse um
Invejo
Quem por medo
Larga tudo e some
Invejo
Quem não se preocupa
Com o amanhã
Quem consegue
Esquecer
O que fez no dia de ontem
Invejo
Quem pisa nos outros
Quem brinca
Com sentimentos
Invejo
Quem não se importa
Com nada
E com ninguém
Invejo
Quem vive por viver
Aqueles que vivem
Em função
Do dinheiro
Invejo
Aqueles que
Conseguem amar
Vários
Amores como se fosse um
Invejo
Quem por medo
Larga tudo e some
Invejo
Quem não se preocupa
Com o amanhã
Quem consegue
Esquecer
O que fez no dia de ontem
Invejo
Quem pisa nos outros
Quem brinca
Com sentimentos
Invejo
Quem não se importa
Com nada
E com ninguém
Invejo
Quem vive por viver
SOMBRAS
As sombras
Do teu eu ainda
Rondam
A minha paz
Ainda queres
Que eu sinta
Tua presença
Ainda queres
Que eu te chame
Não sei mais
O teu nome
Não sei mais
O teu rosto
Tuas sombras
Ainda tentam
Encobrir o novo
Sol
Que quer brilhar
Em meu caminho
Queres ainda
Que eu sinta
A tua falta
E sinto sim
Tudo o que fizestes
E cada vez mais
Te apago de mim
E esqueço
SEGREDOS
CAMINHANDO JUNTOS
temos
a vida inteira
sonhos
conquistas
temos
emoções
e sentimentos
vamos devagar
descobrindo
até onde podemos chegar
vamos
devagar
caminhando juntos
cada um no seu passo
cada um no seu ritmo
vamos juntos
trilhando caminhos
paralelos
caminhando juntos
contornamos
com confiança
as mesmas pedras
o que era mais difícil
fica fácil
temos a vida toda
e apenas um hoje
o hoje que vivemos agora
é nele que quero
viver
nosso hoje
caminhando juntos
a vida inteira
sonhos
conquistas
temos
emoções
e sentimentos
vamos devagar
descobrindo
até onde podemos chegar
vamos
devagar
caminhando juntos
cada um no seu passo
cada um no seu ritmo
vamos juntos
trilhando caminhos
paralelos
caminhando juntos
contornamos
com confiança
as mesmas pedras
o que era mais difícil
fica fácil
temos a vida toda
e apenas um hoje
o hoje que vivemos agora
é nele que quero
viver
nosso hoje
caminhando juntos
VOU
vou aos
poucos
me descobrindo
em ti
vou me vendo
em teus olhos
vou me vendo
perdida
em ti
vou devagar
mergulhando
na doçura da tua
paixão
vou aos poucos
ficando sem saída
vou devagar
entregando
meu coração
vou me sentindo
de novo capaz
de amar
de gostar
de querer
de novo vou me sentindo
parte do mundo
logo eu que achava
não ter sorte
no amor
me vens tu
e me levas
e eu
vou
poucos
me descobrindo
em ti
vou me vendo
em teus olhos
vou me vendo
perdida
em ti
vou devagar
mergulhando
na doçura da tua
paixão
vou aos poucos
ficando sem saída
vou devagar
entregando
meu coração
vou me sentindo
de novo capaz
de amar
de gostar
de querer
de novo vou me sentindo
parte do mundo
logo eu que achava
não ter sorte
no amor
me vens tu
e me levas
e eu
vou
ESCOLHAS
tudo
são escolhas
caminhos
amores
sua própria vida
tudo
são ventos
de instantes
que sopram
mostrando a direção
para onde se deve ir
para onde aponta
com certeza
o coração
tudo
são escolhas
parar ou continuar
manter os olhos abertos
ou deixar os olhos fechados
estender
as mãos
ou cruzar os braços
amar
e amar
tudo são escolhas
para onde seguir
curar
ou deixar que as feridas
da alma
aumentem
se fechar para o mundo
ou perdoar
você
é e sempre será
reflexo
das suas escolhas
são escolhas
caminhos
amores
sua própria vida
tudo
são ventos
de instantes
que sopram
mostrando a direção
para onde se deve ir
para onde aponta
com certeza
o coração
tudo
são escolhas
parar ou continuar
manter os olhos abertos
ou deixar os olhos fechados
estender
as mãos
ou cruzar os braços
amar
e amar
tudo são escolhas
para onde seguir
curar
ou deixar que as feridas
da alma
aumentem
se fechar para o mundo
ou perdoar
você
é e sempre será
reflexo
das suas escolhas
ADVERSIDADES
não costumo
olhar
para trás
nos caminhos
onde passei
não gosto de rever
as adversidades
que tentaram
me derrubar
prefiro seguir
esquecendo tudo
o que passei
as cicatrizes
me fazem lembrar
todos os dias
tantas
adversidades
tantas razões para desistir
e voltar
tantas razões
e motivos para seguir
não costumo
reclamar
dos espinhos
nem das pedras
nem de todas as adversidades
que sempre me fizeram
sorrir
não costumo
chorar
depois que tudo passou
passei
o que tinha
que passar
nada que meus ombros
não suportassem
nada que me fizesse
desistir
nem parar
não costumo ficar
olhando
o passado
eu sei
novas adversidades
olhar
para trás
nos caminhos
onde passei
não gosto de rever
as adversidades
que tentaram
me derrubar
prefiro seguir
esquecendo tudo
o que passei
as cicatrizes
me fazem lembrar
todos os dias
tantas
adversidades
tantas razões para desistir
e voltar
tantas razões
e motivos para seguir
não costumo
reclamar
dos espinhos
nem das pedras
nem de todas as adversidades
que sempre me fizeram
sorrir
não costumo
chorar
depois que tudo passou
passei
o que tinha
que passar
nada que meus ombros
não suportassem
nada que me fizesse
desistir
nem parar
não costumo ficar
olhando
o passado
eu sei
novas adversidades
SIMPLICIDADE
gosto
da simplicidade
que me faz acordar
todas as manhãs
com o cheiro
bom de café
gosto
da simplicidade
do beijo
que sempre
me faz reviver
nas minhas manhãs
de inverno
de verão
gosto
da simplicidade
de andar
de mãos dadas
pelas ruas
quando vejo
pelas ruas
mãos tão afastadas
gosto
da simplicidade
do olhar que
sempre me faz dizer tudo
sem dizer uma só palavra
gosto
da simplicidade
do seu corpo
na cama das minhas manhãs
que me desperta
com o doce
perfume da sua pele
gosto
da simplicidade franca
do nosso amor
amor de verdade
amor sem frescuras
da simplicidade
que me faz acordar
todas as manhãs
com o cheiro
bom de café
gosto
da simplicidade
do beijo
que sempre
me faz reviver
nas minhas manhãs
de inverno
de verão
gosto
da simplicidade
de andar
de mãos dadas
pelas ruas
quando vejo
pelas ruas
mãos tão afastadas
gosto
da simplicidade
do olhar que
sempre me faz dizer tudo
sem dizer uma só palavra
gosto
da simplicidade
do seu corpo
na cama das minhas manhãs
que me desperta
com o doce
perfume da sua pele
gosto
da simplicidade franca
do nosso amor
amor de verdade
amor sem frescuras
PRUDÊNCIA
trato
meus sonhos
com prudência
as almas
que perambulam
por aí
em busca de luz
trato
com prudência
sentimentos
que não são meus
há muito
escondidos
nos sentimentos
em todos os sentimentos
os meus
eu conheço bem
dos outros
das almas que ficam
rondando
em torno da luz
trato
com prudência
as palavras
que são fonte
da minha sobrevivência
elas podem
machucar
tantos sentimentos alheios
e podem fazer sentimentos
que conheço bem
trato
com prudência
meu hoje
meus sonhos
com prudência
as almas
que perambulam
por aí
em busca de luz
trato
com prudência
sentimentos
que não são meus
há muito
escondidos
nos sentimentos
em todos os sentimentos
os meus
eu conheço bem
dos outros
das almas que ficam
rondando
em torno da luz
trato
com prudência
as palavras
que são fonte
da minha sobrevivência
elas podem
machucar
tantos sentimentos alheios
e podem fazer sentimentos
que conheço bem
trato
com prudência
meu hoje
TIMIDEZ
deixe
de lado
essa timidez
do corpo
deixe
de lado
a timidez
dos seus sentimentos
não há mais razão
a noite
também vem nua
deixe
fora
do mundo
tudo que não seja nosso
jogue
fora o medo
das palavras
fique em silêncio
deixe
o amor agir
deixe
o amor
guiar seus instintos
deixe a noite
cobrir com seu corpo nu
seu corpo
também nu
deixe de lado
a timidez
e abrace cada instante
desse instante
deixe a noite
desnudar seu corpo
para que nossos corpos
perpetuem no infinito
tudo o que sentimos
de lado
essa timidez
do corpo
deixe
de lado
a timidez
dos seus sentimentos
não há mais razão
a noite
também vem nua
deixe
fora
do mundo
tudo que não seja nosso
jogue
fora o medo
das palavras
fique em silêncio
deixe
o amor agir
deixe
o amor
guiar seus instintos
deixe a noite
cobrir com seu corpo nu
seu corpo
também nu
deixe de lado
a timidez
e abrace cada instante
desse instante
deixe a noite
desnudar seu corpo
para que nossos corpos
perpetuem no infinito
tudo o que sentimos
RAIVA
a raiva
passou
deixou
em mim
uma ferida
que não cicatriza
maltratou
minha paz
meu amor
deixou meu coração
mais gelado
sem tantos sentimentos
a raiva
passou
mas deixou
ainda minha voz
embargada
deixou ainda
minha emoção abalada
a raiva
passou
por mim
e transformou
todo meu eu
deixou meus nervos
em frangalhos
abalou meu chão
minha segurança
a raiva passou
e deixou
ainda
os sintomas
da solidão
que a raiva
deixou nos meus dias
tanto que perdi
tantas noites acordado
remoendo
esperando essa raiva
passar
e morrer
e morreu
e deixou ainda
feridas abertas
que sei
cicatrizaram
passou
deixou
em mim
uma ferida
que não cicatriza
maltratou
minha paz
meu amor
deixou meu coração
mais gelado
sem tantos sentimentos
a raiva
passou
mas deixou
ainda minha voz
embargada
deixou ainda
minha emoção abalada
a raiva
passou
por mim
e transformou
todo meu eu
deixou meus nervos
em frangalhos
abalou meu chão
minha segurança
a raiva passou
e deixou
ainda
os sintomas
da solidão
que a raiva
deixou nos meus dias
tanto que perdi
tantas noites acordado
remoendo
esperando essa raiva
passar
e morrer
e morreu
e deixou ainda
feridas abertas
que sei
cicatrizaram
VONTADE
já tive
vontade
de tantas coisas
de morrer
de voar
de sumir
de voltar
de ficar
de correr
de fugir
de sair
de não voltar
já tive vontade
de beijar
bocas que não podia
beijar
vontade de amar
amores
que não podia amar
já tive vontade
de ser quem eu não era
já tive vontade
de escrever
histórias onde
não haveria
nem hérois
nem bandidos
apenas uma história de amor
tanta vontade
de tudo
tanta vontade
de voar
de conhecer o outro lado
da vida
saber se existe
mesmo
um outro lado
tantas vontades
vontade
de tantas coisas
de morrer
de voar
de sumir
de voltar
de ficar
de correr
de fugir
de sair
de não voltar
já tive vontade
de beijar
bocas que não podia
beijar
vontade de amar
amores
que não podia amar
já tive vontade
de ser quem eu não era
já tive vontade
de escrever
histórias onde
não haveria
nem hérois
nem bandidos
apenas uma história de amor
tanta vontade
de tudo
tanta vontade
de voar
de conhecer o outro lado
da vida
saber se existe
mesmo
um outro lado
tantas vontades
VAIDADE
é tudo vaidade
tudo
que se vê
e tudo
o que se aprende
é vaidade
um querendo
mostrar
para o outro
o que não é
é tudo vaidade
coisas que se aprendem
e que não valem nada
é tudo mentira
invenção
para deixar
ainda melhores
os dias que virão
é tudo vaidade
espelhos
reflexos
máscaras
é tudo vaidade
coisas à toa
que maquiam
nossa alma
nossas verdades
é tudo
o que aprendemos
no decorrer
dos anos
é tudo vaidade
coisas que vivemos
sem
e que agora não vivemos mais
não vivemos
mais
sem
tudo
que se vê
e tudo
o que se aprende
é vaidade
um querendo
mostrar
para o outro
o que não é
é tudo vaidade
coisas que se aprendem
e que não valem nada
é tudo mentira
invenção
para deixar
ainda melhores
os dias que virão
é tudo vaidade
espelhos
reflexos
máscaras
é tudo vaidade
coisas à toa
que maquiam
nossa alma
nossas verdades
é tudo
o que aprendemos
no decorrer
dos anos
é tudo vaidade
coisas que vivemos
sem
e que agora não vivemos mais
não vivemos
mais
sem
23 de out. de 2011
TEMPO
eu vi
o tempo passando
por mim
eu vi
a vida
engolindo
o prazer que eu
tinha em viver
eu vi
chegar
derrepente
a hora de crescer
e eu
ainda queria
ser criança
eu vi
as pessoas
dando risada
e falando de mim
senti
como é cruel
ter que crescer
percebi
que não tem jeito
que não posso ser
para sempre
aquela menina
de bonecas
eu vi
o que o tempo
faz com os erros
senti
como dói a consciência
dos erros
latejando
todos os dias
eu bem queria
ser para sempre
criança
mas a vida passa
e o tempo modifca tudo
eu sei
já o tempo
passando por mim
e a vida me engolindo
engolindo devagar
a minha inocência
o tempo passando
por mim
eu vi
a vida
engolindo
o prazer que eu
tinha em viver
eu vi
chegar
derrepente
a hora de crescer
e eu
ainda queria
ser criança
eu vi
as pessoas
dando risada
e falando de mim
senti
como é cruel
ter que crescer
percebi
que não tem jeito
que não posso ser
para sempre
aquela menina
de bonecas
eu vi
o que o tempo
faz com os erros
senti
como dói a consciência
dos erros
latejando
todos os dias
eu bem queria
ser para sempre
criança
mas a vida passa
e o tempo modifca tudo
eu sei
já o tempo
passando por mim
e a vida me engolindo
engolindo devagar
a minha inocência
POR QUE
por que
eu tenho
que crescer
por que não posso
ser mais
a mesma menina
eu tenho medo
tenho medo
de não suportar
tenho medo
de não aguentar
essa vida
essa vida de regras
e obrigações
por que tenho
que deixar
de ser quem eu sou
por que tenho
que deixar o melhor de mim
numa gaveta
de uma cômoda vida
por que
tenho que me matar
para renascer
por que não posso
ser eu mesma
a mesma que sempre fui
por que
tenho que disfarçar
minhas angústias
minha dor
minha solidão
por que eu
não posso ser apenas eu
eu não queria
mudar de lugar
mudar de vida
queria ser para sempre
a mesma menina
eu tenho
que crescer
por que não posso
ser mais
a mesma menina
eu tenho medo
tenho medo
de não suportar
tenho medo
de não aguentar
essa vida
essa vida de regras
e obrigações
por que tenho
que deixar
de ser quem eu sou
por que tenho
que deixar o melhor de mim
numa gaveta
de uma cômoda vida
por que
tenho que me matar
para renascer
por que não posso
ser eu mesma
a mesma que sempre fui
por que
tenho que disfarçar
minhas angústias
minha dor
minha solidão
por que eu
não posso ser apenas eu
eu não queria
mudar de lugar
mudar de vida
queria ser para sempre
a mesma menina
AMARGA
ah
quão amarga
é a vida
quanto
desespero
há agora
em mim
não quero voar
não quero crescer
quero ainda
poder brincar
fingir
enquanto puder
ah
quão doce
é a vida que tenho
vida despreocupada
vida sem ponteiros
não quero
que nada seja diferente
do que é
quero que seja assim
um carrossel iluminado
nas minhas noites
quero sempre o céu
um manto azulado
ah
eu sei
agora sei
quão amarga é a vida
quantos compromissos
a vida
nos dá
não dá
para ficar parado
não dá mais
para brincar
de ser criança
em meu pulso
corre os segundos
da minha vida
quão amarga
é a vida
quanto
desespero
há agora
em mim
não quero voar
não quero crescer
quero ainda
poder brincar
fingir
enquanto puder
ah
quão doce
é a vida que tenho
vida despreocupada
vida sem ponteiros
não quero
que nada seja diferente
do que é
quero que seja assim
um carrossel iluminado
nas minhas noites
quero sempre o céu
um manto azulado
ah
eu sei
agora sei
quão amarga é a vida
quantos compromissos
a vida
nos dá
não dá
para ficar parado
não dá mais
para brincar
de ser criança
em meu pulso
corre os segundos
da minha vida
CHORO
choro
choro sozinha
no silêncio
do meu quarto
choro
minhas tristezas
meus medos
minha solidão
porque mesmo estando
rodeada
de pessoas
sinto-me triste
e choro
choro no silêncio
da noite
quando ninguém pode
escutar-me
abraçada aos meus joelhos
ah eu choro
choro
por ver em mim
tanta coisa errada
e eu nem sei
onde foi
que eu errei
choro a dor da saudade
de quem nunca mais
voltará
choro de medo
do medo
de não entender
e não me entenderem
também
choro no silêncio de mim
e escondo
minhas lágrimas
dentro do meu
choro sozinha
no silêncio
do meu quarto
choro
minhas tristezas
meus medos
minha solidão
porque mesmo estando
rodeada
de pessoas
sinto-me triste
e choro
choro no silêncio
da noite
quando ninguém pode
escutar-me
abraçada aos meus joelhos
ah eu choro
choro
por ver em mim
tanta coisa errada
e eu nem sei
onde foi
que eu errei
choro a dor da saudade
de quem nunca mais
voltará
choro de medo
do medo
de não entender
e não me entenderem
também
choro no silêncio de mim
e escondo
minhas lágrimas
dentro do meu
DOR
essa dor
que sinto
vai passar
um dia
eu sei
essa dor
vai passar
não é o tempo
que cura tudo
o tempo há de curar
de fazer
essa dor
passar
eu sei
um dia
já não sentirei mais
nada
nenhuma dor
mas
doerá em mim
ou eu
já estarei acostumada
a não sentir mais a dor
essa dor
há de passar
o dia está apenas
começando
e a vida devagar
moldando meus passos
mostrando meu caminho
essa dor
vai passar
eu sei
o tempo é mestre
em curar
a dor
que sente o coração
essa dor
ou sara de vez
ou de vez
dilacera meu coração
nem sei mais
se é meu coração que bate
em meu peito
ou se é apenas
agora
essa dor que sinto
que sinto
vai passar
um dia
eu sei
essa dor
vai passar
não é o tempo
que cura tudo
o tempo há de curar
de fazer
essa dor
passar
eu sei
um dia
já não sentirei mais
nada
nenhuma dor
mas
doerá em mim
ou eu
já estarei acostumada
a não sentir mais a dor
essa dor
há de passar
o dia está apenas
começando
e a vida devagar
moldando meus passos
mostrando meu caminho
essa dor
vai passar
eu sei
o tempo é mestre
em curar
a dor
que sente o coração
essa dor
ou sara de vez
ou de vez
dilacera meu coração
nem sei mais
se é meu coração que bate
em meu peito
ou se é apenas
agora
essa dor que sinto
NÃO QUERIA
eu não queria
mudar
meu jeito
de ver as coisas
há em meus olhos
tanta beleza
não queria
deixar
de amar
há tanto amor
em meu peito
por que tudo
tem que ser
desse jeito
por que não posso
olhar tudo
como sempre olhei
não quero ver
defeitos
não quero que me apontem
os erros
não queria
mudar
meu jeito
de olhar
há beleza demais
em meus olhos
uma beleza viva
dentro de mim
não queria
que nada morresse
não queria
que nada fosse diferente
nem que meu amor
mudasse
diminuísse
secasse
mudar
meu jeito
de ver as coisas
há em meus olhos
tanta beleza
não queria
deixar
de amar
há tanto amor
em meu peito
por que tudo
tem que ser
desse jeito
por que não posso
olhar tudo
como sempre olhei
não quero ver
defeitos
não quero que me apontem
os erros
não queria
mudar
meu jeito
de olhar
há beleza demais
em meus olhos
uma beleza viva
dentro de mim
não queria
que nada morresse
não queria
que nada fosse diferente
nem que meu amor
mudasse
diminuísse
secasse
FANTASIAS
chega
a hora
de rasgar as fantasias
não adianta
ficar
aqui fingindo
nem dobrar
direito
e guardar na gaveta
as fantasias
que vesti
melhor rasgar
queimar
jogar fora
a vida implora
não há mais
porque brincar
a vida chama
não há mais lugar
para as fantasias
não há mais espaço
para as brincadeiras
a vida clama
berra
para que nada fique
como era
chega de usar
as mesmas máscaras
de sempre
nem o tempo
é palhaço
nem a vida
feita de ilusões
e fantasias
chega
melhor rasgar
queimar
não há mais porque
usar
as fantasias que usei um dia
a hora
de rasgar as fantasias
não adianta
ficar
aqui fingindo
nem dobrar
direito
e guardar na gaveta
as fantasias
que vesti
melhor rasgar
queimar
jogar fora
a vida implora
não há mais
porque brincar
a vida chama
não há mais lugar
para as fantasias
não há mais espaço
para as brincadeiras
a vida clama
berra
para que nada fique
como era
chega de usar
as mesmas máscaras
de sempre
nem o tempo
é palhaço
nem a vida
feita de ilusões
e fantasias
chega
melhor rasgar
queimar
não há mais porque
usar
as fantasias que usei um dia
NEM EU
nem eu
sei mais
que vida
é essa
que eu levo
quero brincar
e não posso
quero falar
e me calo
nem eu
sei mais
que sabor
tem a liberdade
qual é a sensação
de bater as asas
e voar
nem eu
sei mais
que cor
é a cor do céu
que cheiro
tem o vento
que gosto tem a água
nem eu sei mais
que prazer
esconde a vida
deve haver
na vida
algum prazer
deve haver
em algum lugar
uma fonte de vida
nem eu sei mais
por onde seguir
se há mesmo um caminho certo
ou se esses caminhos
são apenas
trilhas
do meu deserto
sei mais
que vida
é essa
que eu levo
quero brincar
e não posso
quero falar
e me calo
nem eu
sei mais
que sabor
tem a liberdade
qual é a sensação
de bater as asas
e voar
nem eu
sei mais
que cor
é a cor do céu
que cheiro
tem o vento
que gosto tem a água
nem eu sei mais
que prazer
esconde a vida
deve haver
na vida
algum prazer
deve haver
em algum lugar
uma fonte de vida
nem eu sei mais
por onde seguir
se há mesmo um caminho certo
ou se esses caminhos
são apenas
trilhas
do meu deserto
MEDO
eu tenho medo
medo de não suportar
o peso
de todas as responsabilidades
eu tenho medo
de não saber viver
de escolher
os caminhos errados
medo
de derrepente
me ver sozinha
e se me vir
tenho medo
de não ter para onde correr
e se correr
cair
e se cair
tenho medo
de não conseguir levantar
eu tenho medo
dos sonhos
que sonhei
serem apenas sonhos
tenho medo
que nada seja de verdade
que tudo seja
ilusão
um momento transitório
eu tenho medo
de acordar
e perceber
enfim
que nada era nada
apenas ilusão
eu tenho medo
de não ser mais
quem eu era
e perceber que o amor
que eu sentia
não era amor
medo de não suportar
o peso
de todas as responsabilidades
eu tenho medo
de não saber viver
de escolher
os caminhos errados
medo
de derrepente
me ver sozinha
e se me vir
tenho medo
de não ter para onde correr
e se correr
cair
e se cair
tenho medo
de não conseguir levantar
eu tenho medo
dos sonhos
que sonhei
serem apenas sonhos
tenho medo
que nada seja de verdade
que tudo seja
ilusão
um momento transitório
eu tenho medo
de acordar
e perceber
enfim
que nada era nada
apenas ilusão
eu tenho medo
de não ser mais
quem eu era
e perceber que o amor
que eu sentia
não era amor
ÚLTIMA VEZ
não me lembro
mais
a última vez
que vi a lua
não me lembro
mais
a última vez
que senti
em mim a paz
parece
que tudo mudou
que o sol
não é o mesmo
nem lembro a última vez
que vi o sol
talvez seja eu
que não saiba mais
encontrar alegria
não me lembro
mais
a última vez
que sorri sem culpa
talvez
não haja mais lua
nem haja mais sol
talvez
eu não seja mais
o mesmo
não me lembro
mais
da minha imagem refletida
no espelho
a última vez
que me olhei
eu ainda era eu
agora não sei mais
quem sou
sem sol
sem lua
mais
a última vez
que vi a lua
não me lembro
mais
a última vez
que senti
em mim a paz
parece
que tudo mudou
que o sol
não é o mesmo
nem lembro a última vez
que vi o sol
talvez seja eu
que não saiba mais
encontrar alegria
não me lembro
mais
a última vez
que sorri sem culpa
talvez
não haja mais lua
nem haja mais sol
talvez
eu não seja mais
o mesmo
não me lembro
mais
da minha imagem refletida
no espelho
a última vez
que me olhei
eu ainda era eu
agora não sei mais
quem sou
sem sol
sem lua
SÓ
mais uma vez
estou só
sem ninguém
sem amor
sem saudade
mais uma vez
estou só
sem nenhuma dor
sem nenhuma palavra
vazio
de pensamentos
de sentimentos
absolutamente só
não restou nada
nada além de mim
jogado em mim
largado
ainda vivo
respirando o pouco ar
que me resta
estou só
sem vida
sem nada
em ruínas
corpo calejado
sem humor
sem rancor
sem nada
absolutamente só
no dia que não acaba
na noite que não chega
para que eu possa
esconder-me na escuridão
nada restou em mim
só
mais uma vez
como sempre
só
estou só
sem ninguém
sem amor
sem saudade
mais uma vez
estou só
sem nenhuma dor
sem nenhuma palavra
vazio
de pensamentos
de sentimentos
absolutamente só
não restou nada
nada além de mim
jogado em mim
largado
ainda vivo
respirando o pouco ar
que me resta
estou só
sem vida
sem nada
em ruínas
corpo calejado
sem humor
sem rancor
sem nada
absolutamente só
no dia que não acaba
na noite que não chega
para que eu possa
esconder-me na escuridão
nada restou em mim
só
mais uma vez
como sempre
só
NÃO PENSO MAIS
não penso mais
em você
não penso mais
em mim
não penso mais
fico
perambulando
nos meus sonhos
buscando nos meus sonhos
seus sonhos
não penso mais
em você
mas ainda sinto
sua presença
ainda sonho
com instantes já
passados
ainda sinto
no vento
o suave perfume seu
não penso mais
em você
e nem lhe esqueço
mesmo sendo você
um passado
que vai devagar
lentamente
se afastando de mim
enfim
por fim
não penso mais em você
e um dia
eu sei
hei de esquecê-la
de vez
em você
não penso mais
em mim
não penso mais
fico
perambulando
nos meus sonhos
buscando nos meus sonhos
seus sonhos
não penso mais
em você
mas ainda sinto
sua presença
ainda sonho
com instantes já
passados
ainda sinto
no vento
o suave perfume seu
não penso mais
em você
e nem lhe esqueço
mesmo sendo você
um passado
que vai devagar
lentamente
se afastando de mim
enfim
por fim
não penso mais em você
e um dia
eu sei
hei de esquecê-la
de vez
TARDE
tarde
de chuva fria
o céu
cobriu-se
de cinza
ainda faz calor
crianças
brincam na chuva
tarde
as roupas
não foram recolhidas
estão ainda
mais molhadas
tarde
devagar
as ruas
vazias
agora o céu
sem as pipas
agora
nessa tarde
janelas respingadas
fechadas
tarde
nenhuma palavra nova
as luzes
da minha sala
apagadas
copos na mesa
meus movimentos
lentos
meus pensamentos adormecidos
minha mãos
nessa tarde
cansadas
tarde
e a chuva
cai lentamente
de um céu agora azul
de chuva fria
o céu
cobriu-se
de cinza
ainda faz calor
crianças
brincam na chuva
tarde
as roupas
não foram recolhidas
estão ainda
mais molhadas
tarde
devagar
as ruas
vazias
agora o céu
sem as pipas
agora
nessa tarde
janelas respingadas
fechadas
tarde
nenhuma palavra nova
as luzes
da minha sala
apagadas
copos na mesa
meus movimentos
lentos
meus pensamentos adormecidos
minha mãos
nessa tarde
cansadas
tarde
e a chuva
cai lentamente
de um céu agora azul
DESCULPAS
quando
não há verdades
desculpas
quando
não há
o que dizer
mentiras
somentes sombras
quando
não há luz
só há escuridão
olhos desconfiados
demora
quando não há verdades
sempre
desculpas
tentantivas loucas
desesperadas
de fingir
fugir
das responsabilidades
desculpas
quando falta a verdade
quando não há de verdade
sinceridade
e tudo fica
encoberto
meio suspeito
quando há medo
o que era lindo fica feio
e faltam as palavras
que já não dizem
a verdade
somente as desculpas
confusas
palavras desconexas
e o medo
que sempre deixa
tortas as palavras
não há verdades
desculpas
quando
não há
o que dizer
mentiras
somentes sombras
quando
não há luz
só há escuridão
olhos desconfiados
demora
quando não há verdades
sempre
desculpas
tentantivas loucas
desesperadas
de fingir
fugir
das responsabilidades
desculpas
quando falta a verdade
quando não há de verdade
sinceridade
e tudo fica
encoberto
meio suspeito
quando há medo
o que era lindo fica feio
e faltam as palavras
que já não dizem
a verdade
somente as desculpas
confusas
palavras desconexas
e o medo
que sempre deixa
tortas as palavras
UM VAZIO
um vazio
ninguém diz nada
ninguém se olha
televisão ligada
um vazio
os livros todos
lidos pela metade
os copos
na pia
sujos
pelos lábios
agora secos
calados
um vazio
que não diz nada
tudo agora
parece lento demais
as horas não passam
parecem preguiçosas
nem há vento
nem coragem
para sair desse vazio
não há nada
que me tire
desse estado letárgico
meio paranóico
as cadeiras vazias
as plantas nos vasos sujos
secas
um vazio
nesse tempo
sem tempo
a boca seca
calada
a falta de ar
a falta de tudo
só o vazio
ninguém diz nada
ninguém se olha
televisão ligada
um vazio
os livros todos
lidos pela metade
os copos
na pia
sujos
pelos lábios
agora secos
calados
um vazio
que não diz nada
tudo agora
parece lento demais
as horas não passam
parecem preguiçosas
nem há vento
nem coragem
para sair desse vazio
não há nada
que me tire
desse estado letárgico
meio paranóico
as cadeiras vazias
as plantas nos vasos sujos
secas
um vazio
nesse tempo
sem tempo
a boca seca
calada
a falta de ar
a falta de tudo
só o vazio
ENVELHECENDO
nada
não é mais
como um dia foi
estou envelhecendo
ficando
pior comigo
estou
ficando sem graça
sem sentir
a mesma alegria
nas mentiras
que pensei
ser verdades
agora
eu sei
o que é verdade
nas minhas ilusões
meus olhos
já não se enganam
com a beleza
que é falsa
meu corpo
já não quer o que é
superficial
não quero mais
nada que não valha à pena
já não tenho
a mesma vaidade
que tinha
estou envelhendo
ficando mais cruel
mais cético
nada mais
do que minha paz
ainda e sempre
necessária
não quero mais
as etiquetas
quero apenas me sentir limpo
quero apenas as verdades
que sempre me esconderam
agora eu sei
o que é ver o tempo passar
agora sei
estou envelhecendo
não é mais
como um dia foi
estou envelhecendo
ficando
pior comigo
estou
ficando sem graça
sem sentir
a mesma alegria
nas mentiras
que pensei
ser verdades
agora
eu sei
o que é verdade
nas minhas ilusões
meus olhos
já não se enganam
com a beleza
que é falsa
meu corpo
já não quer o que é
superficial
não quero mais
nada que não valha à pena
já não tenho
a mesma vaidade
que tinha
estou envelhendo
ficando mais cruel
mais cético
nada mais
do que minha paz
ainda e sempre
necessária
não quero mais
as etiquetas
quero apenas me sentir limpo
quero apenas as verdades
que sempre me esconderam
agora eu sei
o que é ver o tempo passar
agora sei
estou envelhecendo
VOU EMBORA
vou embora
vou fugir sozinho
para o meio do mato
embrenhar-me
na natureza
vou andar pelado
nadar sem medo
nas cachoeiras
vou comer fruta
beber água
sentir o vento
escutar os pássaros
vou embora
dessa loucura
vou virar
bicho do mato
sem casa
pé no chão corpo nu
vou ser livre
vou me livrar de tudo
das roupas
da falta de tempo
vou fazer uma cabana
vou viver
de amor
sentir-me útil
para mim
vou fugir
vou embora
para o meio do mato
vou viver de solidão
vou aprender a viver sozinho
bicho do mato
vou embora
não aguento mais
não sei viver sem paz
não sei andar correndo
quero cheiro de terra
quero andar descalço
quero tomar chuva
sem que me chamem de louco
e se precisar
quero falar sozinho
vou embora
sumir
no meio do mato
vou fugir sozinho
para o meio do mato
embrenhar-me
na natureza
vou andar pelado
nadar sem medo
nas cachoeiras
vou comer fruta
beber água
sentir o vento
escutar os pássaros
vou embora
dessa loucura
vou virar
bicho do mato
sem casa
pé no chão corpo nu
vou ser livre
vou me livrar de tudo
das roupas
da falta de tempo
vou fazer uma cabana
vou viver
de amor
sentir-me útil
para mim
vou fugir
vou embora
para o meio do mato
vou viver de solidão
vou aprender a viver sozinho
bicho do mato
vou embora
não aguento mais
não sei viver sem paz
não sei andar correndo
quero cheiro de terra
quero andar descalço
quero tomar chuva
sem que me chamem de louco
e se precisar
quero falar sozinho
vou embora
sumir
no meio do mato
POR QUE MENTEM
por que mentem
por que inventam
mentiras
por que fingem acreditar
nas mentiras que contam
para se sentirem
melhores
para sentirem
que voam
sobre os que não voam
por que mentem
a verdade
é mais bonita
é mais jeitosa
a mentira ardilosa
deixa tudo aparentemente
mais belo
por que mentem
por que preferem
inventar sentimentos
que não existem
por que preferem
acreditar
nas mentiras
que contam
coração não é bobo
nem a alma tola
não sei
por que mentem
não entendo por que eu
também minto
por que inventam
mentiras
por que fingem acreditar
nas mentiras que contam
para se sentirem
melhores
para sentirem
que voam
sobre os que não voam
por que mentem
a verdade
é mais bonita
é mais jeitosa
a mentira ardilosa
deixa tudo aparentemente
mais belo
por que mentem
por que preferem
inventar sentimentos
que não existem
por que preferem
acreditar
nas mentiras
que contam
coração não é bobo
nem a alma tola
não sei
por que mentem
não entendo por que eu
também minto
DESEQUILÍBRIO
você
é o meu mal
o meu pior
o meu ponto maior
de desequilíbrio
você
é a falta de paz
o porto alagado
o barco
que afunda
em mansas águas
você
é o pesadelo
a angústia
o azedo
o mau humor
você
é a escuridão
o medo
o pavor
o pior de mim
o passado que nunca passa
as palavras
de todas as mais
amargas
você
é o doce amargo
meu ponto maior
de desequilíbrio
minha falta de paz
a minha razão morta
você é
apenas a sua verdade
a sua caridade
e o sorriso que jamais
me fez sorrir
o mal
disfarçado de anjo
minha desarmonia
é o meu mal
o meu pior
o meu ponto maior
de desequilíbrio
você
é a falta de paz
o porto alagado
o barco
que afunda
em mansas águas
você
é o pesadelo
a angústia
o azedo
o mau humor
você
é a escuridão
o medo
o pavor
o pior de mim
o passado que nunca passa
as palavras
de todas as mais
amargas
você
é o doce amargo
meu ponto maior
de desequilíbrio
minha falta de paz
a minha razão morta
você é
apenas a sua verdade
a sua caridade
e o sorriso que jamais
me fez sorrir
o mal
disfarçado de anjo
minha desarmonia
TEMPO RUIM
tempo ruim
passou
e ainda tenho você
do meu lado
firme
forte
segura
tempo ruim
destruiu
o meu bem
deixou-me mal
e você
ali
ainda cheia de sorrisos
ainda me acolhendo
em seus braços
você ainda
ali
sustentando-me
quando caio
tempo ruim
passou
e ainda tenho em mim
seu amor
ainda tenho
a sua presença
que sempre me faz
seguir em frente
haja o tempo
que houver
passe o tempo que passar
tenho você
e saberei que
depois do tempo ruim
sempre terei você
passou
e ainda tenho você
do meu lado
firme
forte
segura
tempo ruim
destruiu
o meu bem
deixou-me mal
e você
ali
ainda cheia de sorrisos
ainda me acolhendo
em seus braços
você ainda
ali
sustentando-me
quando caio
tempo ruim
passou
e ainda tenho em mim
seu amor
ainda tenho
a sua presença
que sempre me faz
seguir em frente
haja o tempo
que houver
passe o tempo que passar
tenho você
e saberei que
depois do tempo ruim
sempre terei você
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