olhos perdidos
fechados
como os punhos
agora
e sempre
cerrados
não se olham
se olham
não se vêem
não há mais
nada demais
nem a confiança
nem o desejo
nem a esperança
olhos perdidos
no horizonte
vazio
olhos que não vêem nada
dormem
sem sono
cansados do nada
dos sonhos
sempre melancolicos
punhos
sempre cerrados
e o medo
de sorrir
e deixar o sorriso perdido
caido
no vazio de sempre
confiança
apenas no que se sente
no que se vê
e não se vê nada
olhos fechados
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