16 de ago. de 2015

VILLER ALLAN POE

escrevo-te
como
quem tateia
um vaso
de cristal
sublime
delicado

escrevo-te
para que
fique
aqui
neste meu mundo
de tantos pensamentos

escrevo-te
em palavras
que conheces
melhor
que eu

sábio
que és
honra-me
aqui teu sentir
e teu saber
e eu
poeta
de incertezas
me curvo
diante de ti

e minha poesia
aqui
a ti
faz reverência

Um comentário:

  1. O fenômeno da poesia. Muito obrigado, muito obrigado mesmo por essas letras, meu amigo poeta. És raro por ser Eduardo, por ser poeta. Ao ler e reler e escutar a música incidental vem-me á mente, entre outras coisas, as seguintes palavras de Adélia Prado: “Por que a arte nos humaniza? Porque mostra não a aparência, mas nos induz por causa da emoção que ela nos causa. Ela nos induz à intimidade, à alma das coisas, à nossa própria intimidade e é por isso que ela nos comove; porque mexe. Não em nossos pensamentos, mas em nossos afetos, naquilo que nós sentimos – e toda obra me oferece um espelho."...Sua poesia, meu amigo Eduardo, faz-me enxergar um Viller no espelho que tentarei descobrir mais. Na maior parte do tempo, anulo-me e não me vejo.

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