30 de mai. de 2008

SOLILÓQUIO


vejo os loucos pelas ruas
tantos loucos solilóquios
perdidos
em um mundo
que não pertence
a ninguém
vejo os loucos
famintos
devorados pela solidão
rasgados
pés no chão
inconscientes
sem memórias
lembranças
não existem
ninguém que espera
família perdida
loucos sem ninguém
solilóquios
vivendo
vegetando
longe de tudo
perto de nada
em seus desertos
tantos loucos
que se entendem
deitados no chão
em silêncio e solilóquios

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