1 de out. de 2008

REFÚGIO

não busco mais
refúgio
nos espinhos
quero meu refúgio
nas nuvens
não quero mais
farpas pelo corpo
nem brasas
em minha mão
não preciso mais
me esconder
tenho apenas que escapar
das farsas
dos sorrisos amarelos
e dos tapinhas nas costas
não quero minha cama cheia
de sonhos
que acabam quando
a manhã chega
não busco mais refúgio
em olhos
que não me olham
não quero mais farpas
espinhos
nem chamas que se apagam
quero e preciso de uma luz
de verdade
nenhum refúgio

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