25 de fev. de 2011

não há
mais percepção
ninguém
se olha
mais
amor
é coisa antiga
a morte
banalidade
não há mais
percepção
ninguém
se ama mais
se ama
é amor vazio
amor
que passa
que não doi
amor
que não machuca
não dilacera
não há mais
a emoção
que havia
os beijos
estão ocos
e as mentes
vagando
não há mais
entendimento
e nem
o que entender
as bocas
só gostem merdas
e nos corações
nenhuma certeza
tudo é
como nunca foi
e o que falta
são doses
humanas
de percepção

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