21 de fev. de 2011

Alimento-me

Do silêncio

Da solidão

Alimento-me

Da ausência

Da dor

Do tédio

Alimento-me

Dos papéis

Onde escrevo

O que não leio

Alimento-me

Das ilusões

E dos amores

Que nunca poderei

Amar

Alimento-me

Do vento

Que sopra

Os restos

Dos perfumes

Que ficam espalhados

Por ai

Alimento-me

Dos meus fracassos

Dos meus soluços

Dos nós

Que desatei

Alimento-me de mim

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